Publicado em: 11/09/2023

É importante que pais e cuidadores fiquem atentos ao desenvolvimento sensorial e motor do bebê, se ele interage ou responde com gestos ao falarmos com ele e, principalmente, se ele está dentro da linha esperada para os marcos motores correspondentes a cada idade. Outros sinais também são importantes de serem observados, como: se a criança é muito “molinha” e não consegue se movimentar, nem segurar a cabeça; ou se tem os braços e pernas muito “durinhos” que dificulta os movimentos e as tarefas de higiene (troca de fralda); não consegue pegar brinquedos após o sexto mês de vida e não se relaciona com as pessoas ou com o ambiente.

Se o bebê é mais lento e demora mais a se sentar ou começar a andar (de acordo com os parâmetros de idade), ou tem dificuldade para pegar e manusear objetos com destreza, ou no caso de maiorzinha, a criança começa a tropeçar com certa frequência, não consegue agarrar uma bola chutada pelos colegas ou ainda se ela escorrega da carteira, reclama de dores nas pernas, apresenta diminuição de equilíbrio, por exemplo, é de extrema importância relatar esses comportamentos ao ortopedista o quanto antes possível, pois pode ser indicativo do que chamamos de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação ou TDC.

Mas é totalmente normal que a criança seja um tanto quanto descoordenada, sem controle sobre seu equilíbrio, quando inicia os primeiros passinhos, devido ao seu sistema motor ainda estar em constante desenvolvimento. E é justamente nesta fase, que podem surgir alguns problemas ortopédicos, como a posição incorreta dos pés ou joelhos e caminhar nas pontas dos pés, no entanto, é preciso que os pais fiquem calmos, pois a maioria dessas condições é passageira e deve ser corrigida com o tempo e com o amadurecimento do desenvolvimento natural da criança.

Dessa forma, o recomendado é que os pais anotem todos os comportamentos “estranhos” que observarem no seu filho e relate nas consultas de rotina. Há casos que precisam de uma anamnese mais profunda, como por exemplo, o diagnóstico de dispraxia, que é uma disfunção motora neurológica que causa dificuldade para coordenar os movimentos do corpo corretamente, podendo haver dificuldade em manter o equilíbrio e a postura e, em alguns casos, dificuldade para falar. 


A dispraxia pode afetar crianças de diferentes maneiras e graus. Vejamos algumas características:

• Dificuldade em ficar parada (tomba para frente ou para trás) e não consegue se equilibrar em uma perna só;

• Não consegue pegar um lápis e traçar uma reta, escrever ou desenhar;

• Dificuldade em atividades que exigem a coordenação de movimentos finos: pentear cabelo, amarrar o sapato ou escrever;

• Não consegue diferenciar esquerda e direita;

• Dificuldade em ações com sequência: seguir uma receita, nadar ou realizar uma coreografia;

• Problemas com a orientação espacial;

• Dificuldades para organizar seu pensamento.


Nos últimos anos, os relatos de crianças com dores de cabeça e tensão muscular, mau jeito ao caminhar, se deitar ou se sentar, têm sido cada vez mais frequente nos consultórios. As causas de tais relatos variam entre si, mas a principal é a permanência prolongada de uso de tablets, celulares e videogames, provocando o mau condicionamento dos músculos da coluna, assim como o peso excessivo de mochilas e bolsas também está associado aos problemas posturais, causando dores na coluna, alterações no modo de andar e escoliose.

A postura adequada nas atividades corriqueiras do dia a dia é fundamental para prevenir problemas mais graves na fase adulta, evita também dores nos músculos e nas articulações e favorece o equilíbrio, a flexibilidade, a respiração e até mesmo a digestão. Então, observe o alinhamento da coluna quando a criança fica parada de pé, visto que, se ela concentrar o peso sempre na mesma perna, pode estar tentando corrigir algum desvio. Da mesma forma os ombros, devem estar alinhados, nunca um mais abaixo do que o outro.

Desconfie se a criança se senta sempre na mesma posição. Isso pode indicar problemas musculares de coluna ou pode estar relacionado a dificuldades visuais. O correto é apoiar o peso do corpo nas nádegas e nunca nas costas, porque isso agride severamente a coluna. Lembrando que, é importante observá-la na escola, na mesa de jantar, na sala de TV ou escrivaninha. Ao notar qualquer alteração de comportamento ou mesmo a falta dele, marque uma consulta com o ortopedista de sua confiança para que uma avaliação seja feita.


Dr. Maxsuel Fidelis de P. Almeida

CRM-PR 31.578 | RQE 22.000 | TEOT 15.519


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