Publicado em: 15/12/2022

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma das condições de saúde mais frequentes na população infanto-juvenil, cujo impacto envolve alterações comportamentais e de convívio social, além de dificuldades fonológicas, metalinguísticas e de processamento auditivo. Pesquisas apontam que cerca de 80% das pessoas com autismo apresentam TDAH como comorbidade, também conhecido como um “transtorno de desempenho”. Em torno de 70% das pessoas com TDAH podem apresentar outro transtorno associado e, cerca de 30% terão até três outros diagnósticos associados. 

É preciso investir não só em tratamento médico, mas também no acompanhamento com uma equipe multidisciplinar para trabalhar as áreas com prejuízos como, fonoaudiólogo, psicólogo e terapeutas ocupacionais, em alguns casos. Tendo em vista que um dos principais sintomas do TDAH é a desatenção, o fonoaudiólogo atuará para que a atenção da criança seja aprimorada. 

O fonoaudiólogo poderá auxiliar nas habilidades relacionadas com a comunicação oral, que também pode estar igualmente prejudicada. Ajudará a aprimorar habilidades comunicativas, podendo ressaltar, o processo de sistematização do discurso e o alargamento do repertório linguístico, por meio de ações que busquem o aperfeiçoamento de habilidades de atenção auditiva, de memória auditiva, de fechamento auditivo, figura-fundo para sons linguísticos e a consciência fonológica, influenciando, dessa maneira, na aquisição da linguagem, no processo de desenvolvimento da fala e no desenvolvimento escolar, além do processo de socialização. Para aqueles que ainda apresentam a comorbidade da dislexia, compete ao fonoaudiólogo, integrar a equipe de avaliação para auxiliar no fechamento do diagnóstico. O fonoaudiólogo também atua na orientação familiar e escolar, auxiliando coordenadores e professores a encontrarem uma melhor maneira de conduzirem esses escolares ao sucesso acadêmico.

No tratamento fonoaudiológico, o trabalho com a fala é feito simultaneamente com estratégias que ajudam muito a criança com transtorno: esperar sua vez nas atividades, não interromper os outros, ficar atenta e se concentrar no que está fazendo; controlar a tagarelice excessiva, ouvir a pergunta antes de responder, aprender a seguir instruções e ordens; terminar cada atividade antes de iniciar outra; brincar em silêncio e tranquilamente; aprender a se organizar e planejar e a direcionar a criatividade.

Dentre as possibilidades de trabalhar com pessoas com TEA, o fonoaudiólogo pode: trabalhar a linguagem corporal do autista e ensinar a criança a reconhecer alguns sinais corporais que podem ser bastante sutis; ajudar no desenvolvimento das habilidades de conversação, ampliando o repertório de fala; treinar os sons para deixar a fala mais clara, além de habilitar e reabilitar, quando necessário, aspectos relacionados à audição, alimentação e voz. É importante iniciar a fonoterapia o mais cedo possível, para potencializar os resultados. O tratamento intensivo e individualizado ajuda a diminuir o isolamento social que pode ser fruto das dificuldades de comunicação.


Fga. Nathalia Boggo Fiori | CRFa 3-11288

Fonoaudióloga

Especialista em Fala e Linguagem, Motricidade Orofacial e Laserterapia

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