Publicado em: 30/09/2024
Quando priorizamos o rótulo, perdemos a oportunidade de dizer à criança o que ela fez para receber aquele rótulo.
Quando descrevemos o processo para a criança, ela identifica o
que fez ou o que não fez para ter aquele rótulo. Dizer ‘‘você é um bagunceiro!’’,
é diferente de dizer ‘‘você não arrumou seu quarto! Olha a bagunça!’’ Logo,
‘‘bagunceiro’’ (rótulo) tem relação com ‘‘você não arrumou seu quarto’’ (o
processo). Quando descrevemos o processo, a criança entende o que deve ou não
fazer, ela entende o que o outro espera dela. Dizemos que a criança é
inteligente, porém muitas vezes ela não sabe o que fez para ser chamada de
inteligente. Junto com o rótulo, descreva o processo para criança.
EVITE O RÓTULO
Modifique a comunicação
de ‘‘VOCÊ É’’ para ‘‘VOCÊ ESTÁ’’. Quando dizemos ‘‘você é bagunceira’’ faz com
que a criança ‘‘absorva’’ aquele rótulo, como se fosse algo imutável, e até
comece a verbalizar como se fosse parte de si: ‘‘eu sou bagunceira!’’. Troque
pelo ‘‘você está/você foi/você fez’’. ‘‘Você fez uma bagunça no seu quarto,
hein?’’. Dessa maneira, entende-se que aquele comportamento é possível de
mudança e, além disso, a criança identifica o que deve melhorar.
Umuarama-PR
Raquel Lisboa | CRP 08/28623
Psicóloga Infantil
•
Atendimento de adolescentes neurodivergentes • Atendimento de crianças com TEA
ou outros atrasos no desenvolvimento • Avaliação Comportamental • Consultoria
de Familiares e Acompanhantes Terapêuticos (ATs) • Atendimento em Análise do
Comportamento Aplicada (ABA).